terça-feira, 26 de agosto de 2014

SUSTENTABILIDADE E A FELICIDADE

Todos os dias somos bombardeados pela mídia que para ser é preciso ter. Somos bombardeados que sempre falta algo para que a nossa vida seja feliz. O que temos não serve. E a solução para isto tudo é consumir para sanar o "vazio" da nossa  vida. Associam que a felicidade está nas coisas. E se esquecem que as coisas são efêmeras. Não é preciso do muito para ser feliz. Na verdade, basta apenas algo para ser feliz: querer. Vem de dentro para fora. Vem do coração. Vem de um lugar onde não existem indústrias: vem da nossa alma. Paz e alegria não vem de fora para dentro, e sim de dentro para fora. Felicidade é assim: um sorriso, um gesto, uma abraço,um carinho, uma ajuda, uma gentileza, e isso não dá para comprar, Ser feliz é ser permitir, é ter olhos de compaixão, é ser um pacificador, é ter sensibilidade e ser emocionar com um simples detalhe. A felicidade trilha dois caminhos: contemplação e admiração. 

                                    

A sustentabilidade é coisa de gente feliz. É coisa de gente que ama o meio ambiente. É coisa de gente que ama o próximo. É coisa de gente que ama a si mesmo. É atitude do compartilhar, do dividir, de ajudar e de preservar e de ser solidário. Sustentabilidade não tem nada ver com consumismo, com individualismo, com imediatismo. A sustentabilidade procura a felicidade nas coisas simples da vida: andar de bicicleta, fazer um piquenique com a família e com quem se gosta, caminhar, passear na praia, ver o por-do-sol, reunir os amigos em casa para um jantar, assistir uma exposição, andar de skate, enfim atividades que não são de caráter consumistas. 


      

Sustentabilidade e felicidade são amigas. Posso até dizer que são irmãs porque partilham dos princípios da justiça, da equidade, e do cuidado. Buscam viver de forma que permitem as gerações seguintes de desfrutarem do mesmo direito à uma vida de qualidade preservando o meio ambiente.

                   

terça-feira, 19 de agosto de 2014

COMO PODEMOS CONTRIBUIR?



O cidadão tem o dever de cuidar do meio ambiente. Faz parte do exercício da sua cidadania ter práticas sustentáveis, visto que o meio ambiente é qualquer lugar onde o homem está inserido. É o local onde existe vida. Tudo é meio ambiente. E mediante isto, é possível que determinadas práticas virem hábitos que irão trazer para sociedade ao longo do tempo, conservação, saúde e justiça social. Todos têm direito a uma água com qualidade e um ar limpo. E isto não é apenas responsabilidade dos governantes, mas também da sociedade civil, em que todos tem o dever de fazer a sua parte de acordo com as  suas possibilidades que são dadas. 

O grande problema das grandes cidades é o destino do lixo gerado. É a imensidão de sacolas plásticas de supermercados. É o mar de embalagens desnecessárias que encarecem os produtos. Existem práticas que cada um pode trazer para sua realidade. Consumir de forma sustentável implica poupar recursos naturais, conter o desperdício, diminuir a geração, reutilizar e reciclar a maior quantidade de resíduos possíveis (Ministério do Meio Ambiente). Vejamos como podemos contribuir:

- Em casa, separe o lixo seco do lixo úmido. O seco seria papel, lata, vidro, plástico, tetrapak, entre outros, devendo estar todos estes materiais limpos para que possam ser aproveitados por pessoas, ou cooperativas que reutilizam este material, assim gerando renda e emprego. O úmido seria restos de alimentos: cascas, talos, folhagens e etc. Estes podem ser aproveitados para serem transformados em adubos através da técnica da compostagem. 
-Papel higiênico não é reciclável, portanto deve estar separado dos demais resíduos. Nem papelão engordurado.

-Evite comprar produtos com muitas embalagens.

-Procure na internet locais de coleta de resíduos próximo à sua residência como por exemplo o descarte de pilhas, baterias, lâmpadas, entre outros. Um deles é o site http://www.ecycle.com.br. 

-Existem mercados que tem posto de coleta, como por exemplo, o supermercado Extra, para plástico, vidro, papel, alumínio e óleo usado.



                                    

-Não jogue óleo usado na pia. Causa entupimento, contaminação dos rios, e impermeabilização do solo. Quando for fazer fritura, use uma garrafa e ali deposite o óleo usado. Depois encaminhe a um local de coleta. O óleo usado pode ser transformado em sabão.

- Quando for ao mercado leve sua sacola retornável, você estará ajudando muito na diminuição da poluição causada por sacolas plásticas que levam anos para se decompor.

                                                           

-Procure investir na qualidade do produto desde que este respeite o meio ambiente. É melhor pagar um pouco mais caro e ter um produto mais durável.

-Procure saber quais empresas tem compromisso com questões ambientais que vão desde a extração da matéria prima até o produto final. Alguns deles apresentam rotulagem ambiental que é um selo a um produto ou serviço com informações sobre o impacto ambiental que deve ser menor quando comparados aos mesmos serviços e produtos disponíveis no mercado. São alguns deles: FSC (produtos florestais), LEED (edificações),  PROCEL (equipamentos eletrônicos), etc.
 

-Lembrar sempre dos cincos ERRES: reduzir, reutilizar, reciclar, repensar e recusar.

                              

terça-feira, 12 de agosto de 2014

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL É CONSEQUÊNCIA DE UMA SOCIEDADE EDUCADA

       Sustentabilidade é a prática de se utilizar os recursos naturais de maneira consciente e equilibrada permitindo às futuras gerações usufruírem destes mesmos recursos. Ela tem como objetivo diferenciar o consumo do consumismo, o indivíduo do individualismo, o ser em vez de ter. A sociedade contemporânea vive por conta do sistema capitalista, uma fase em que se agregam valores na quantidade de bens que um indivíduo possui. O próprio Jesus Cristo, uma vez disse que a vida de um homem não consiste na abundância de bens que este possui. Vivemos uma sociedade em que os desejos são efêmeros e insaciáveis. O homem está constantemente agindo sobre o meio ambiente a fim de sanar suas necessidades e anseios, sem pensar sobre as suas ações sobre o ambiente, o que afeta a qualidade de vida de várias gerações (FAGGIONATO,2007). 
     Infelizmente, propagandas desgastam conceitos que são profundos tornando-os superficiais e fugaz, induzindo apelativamente ao consumismo. Mas é preciso libertar-se da síndrome do ter  e da escravidão de consumir desenfreadamente.
          O desenvolvimento sustentável tem viés com justiça social, com oportunidade igual para todos. Um dos seus objetivos segundo Kraemer (2007) é que além da satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, etc.), é permitir a elaboração de um sistema social, garantindo emprego, a segurança social e o respeito a outras culturas, erradicação da miséria, do preconceito e do massacre da população oprimida. 
              É possível mudar. É possível limpar o que foi poluído, recuperar o que foi destruído, ser solidário com os que sofrem. O homem é resultado de sua escolha. Encinas (2004) diz que esta prática traz melhoria na vida das pessoas, a melhoria na vida de todas as pessoas que estão vivas hoje e daquelas que viverão amanhã, tendo respeito à natureza sabendo que o próprio ser humano faz parte dela.
             A escola só é uma unidade impactante na sociedade quando ela usa o seu espaço como um local de difusão de conhecimentos para promover em seus alunos o conhecimento do que é crescimento econômico e desenvolvimento, através da concepção de sustentabilidade, despertando neles uma percepção ambiental, construindo valores fundamentados na ética humana.
           Uma sociedade educada consome de maneira consciente, saber usar o seu senso crítico, para diferenciar a necessidade do supérfluo. Sabe investir em qualidade em vez de quantidade. Procura saber se o produto que chega até as suas mãos não usou mão de obra quase escrava ou infantil, como acontece e sempre é divulgado pelas mídias. principalmente de empresas de roupas de grife que se utilizam deste tipo de mão de obra. Tem responsabilidade ecológica na sua casa não jogando óleo de cozinha na pia, não usando a mangueira como vassoura, desperdiçando água tratada, enquanto muitos não tem acesso à ela. Uma sociedade educada é solidária. Cobra uma postura ética das empresas, do governo e dos cidadãos. Para finalizar esta reflexão uma sociedade educada usa em sua prática os 5 ERRES: REPENSAR, RECUSAR, REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR, porque estas atitudes são a base da sustentabilidade.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO ESCOLAR

        A educação é um instrumento que possibilita mudanças e deve ser usado sempre em prol do benefício da sociedade e do meio ambiente. O homem é componente da natureza e precisa dela para sobreviver, no entanto, ele vem atuando de uma forma devastadora nos recurso naturais. A Educação Ambiental, segundo o Ministério da Educação e do Desporto, deve permear todo o currículo nos diferentes níveis e modalidades de ensino da educação escolar com o papel fundamental de esclarecer e reorientar tais práticas destrutivas. Seu objetivo é ser um agente determinante na prática dos professores, permitindo um rompimento com o conformismo e alcançando a significância do ensino a favor do bem-estar de todos e do cuidado com o meio ambiente.
O consumismo é um dos responsáveis pela a degradação ambiental. Os professores através da problematização poderão direcionar a visão imediatista de seus alunos que é imposta pela mídia, para uma reflexão de sua prática consumista.

"...parece que educar para o ambiente exige uma compreensão mais integrada do sistema produção/consumo, e um enfoque que privilegie a esfera de produção (causa) que engendra a condiciona toda a dinâmica."  (LIMA, 1999)

          Frases como: "-Compre, Aproveite, Usufrua!", tornam as coisas obsoletas rapidamente, aumentando o consumo como supérfluos, aumentando a exploração dos recursos naturais e a quantidade de lixo produzido. Provavelmente seria diferente se houvesse prática de um consumo sustentável, que implica atitudes conscientes, onde o indivíduo usa o poder de decisão para não compactuar com tal ação maléfica. A interdisciplinaridade na Educação Ambiental deve produzir nos alunos, autonomia, sensibilidade e conscientização nas suas práticas do cotidiano, trabalhando a questão da responsabilidade individual e coletiva.
       A Educação Ambiental segundo Genebaldo Dias (2001) é desenvolver conhecimento, compreensão, habilidades e motivação para adquirir valores, mentalidade e atitudes necessárias para lidar com problemas ambientais e encontrar soluções sustentáveis. E deve abranger todas as disciplinas ao longo do ensino formal, visto que é um tema transversal dos Parâmetros Curriculares Nacionais. A questão ambiental não é um problema puramente ecológico, senão seria uma visão unidirecional, pois acabaria ocorrendo uma separação da realidade com seu propósito. É errado restringir a Educação Ambiental à Biologia, pois seria colocar esta a uma esfera privada, dissociando-se da esfera pública, campo da atuação política e da cidadania (LIMA, 1999).
            Para se praticar a Educação Ambiental é preciso persistência, foco, e um senso estético e ético para a construção de uma sociedade conscientizada e politicamente sustentável. A escola como um espaço do saber deve informar e formar alunos para a conservação e preservação do meio ambiente.